
Rebeldes do Iêmen anunciam morte de chefe militar

O chefe militar dos rebeldes huthis do Iêmen morreu em um ataque israelense, anunciou nesta quinta-feira (16) o grupo pró-Irã, que prometeu vingá-lo.
Os huthis informaram que o general Mohamed al-Ghamari morreu "honrosamente na luta contra o inimigo israelense", junto com seus "companheiros" e seu filho de 13 anos, indicou o grupo em um comunicado.
Sua morte foi anunciada quase uma semana depois que um cessar-fogo entre Israel e Hamas entrou em vigor em Gaza, após dois anos de guerra em que os huthis lançaram ataques contra o território israelense, mas também contra embarcações no Mar Vermelho.
Os huthis integram o "eixo de resistência" do Irã contra Israel e Estados Unidos, e desde o início da guerra em Gaza lançam ataques com drones e mísseis contra alvos israelenses.
O grupo controla grandes áreas do território do Iêmen, incluindo a capital Saná, e afirma agir em solidariedade aos palestinos.
O quartel-general do Estado-Maior dos rebeldes iemenitas foi um dos alvos dos últimos grandes bombardeios israelenses contra o Iêmen no fim de setembro, informou o Exército israelense no mês passado.
O Exército israelense destacou que Ghamari teve um "papel-chave no desenvolvimento da capacidade militar do regime terrorista huthi, principalmente no estabelecimento dos seus sistemas de mísseis e da sua infraestrutura de produção de armas". Também afirmou que ele foi treinado pelo grupo libanês Hezbollah e pela Guarda Revolucionária do Irã.
A morte do general "representa um duro golpe para o regime terrorista huthi e sua cadeia de comando, que orquestrou centenas de ataques terroristas contra o Estado de Israel durante a guerra", acrescentou o corpo armado.
D. Barbosa--JDB