
Membros do Antifa são acusados de terrorismo por ataque ao ICE

Duas pessoas suspeitas de envolvimento em um ataque contra um centro de detenção de imigrantes no Texas enfrentam acusações relacionadas ao terrorismo, segundo uma denúncia publicada nesta quinta-feira (16) que alega que são membros do movimento de esquerda Antifa.
As acusações contra Cameron Arnold e Zachary Evetts surgem três meses depois de o presidente Donald Trump designar o Antifa como uma organização terrorista nacional.
O Antifa é um grupo difuso de esquerda que não é registrado legalmente. Deriva da palavra antifascismo, que já era usada na Alemanha no começo dos anos 1930, quando grupos socialistas "anti-fa" tentavam se opor à ascensão dos nazistas de Adolf Hitler.
"Pela primeira vez: o FBI prendeu extremistas anarquistas violentos, alinhados com o Antifa e foram apresentadas acusações contra eles pelo ataque ao ICE em Prairieland, Texas", disse o diretor do FBI, Kash Patel, no X.
"Como deixou claro [o presidente Donald Trump], o Antifa é uma organização terrorista de esquerda", disse a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pam Bondi, no X. "Serão processados como tal".
Arnold e Evetts estavam entre as dez pessoas acusadas do ataque contra as instalações administradas pelo Serviço de Imigração e Controle de Aduanas dos Estados Unidos (ICE), que desempenha um papel importante na campanha de deportação em massa de imigrantes sem documentos, impulsionada por Trump.
Uma denúncia penal apresentada nesse momento não descreve os suspeitos como membros do Antifa, mas a acusação diz que a dupla e outros acusados eram membros de uma "célula do Antifa".
Ambos foram acusados de proporcionar material de apoio terrorista, de tentativa de homicídio de funcionários oficiais e crimes com armas de fogo contra agentes do ICE.
O Antifa não tem um líder nacional, nem uma estrutura centralizada. Seu enfoque tem sido se contrapor a grupos neonazistas e supremacistas brancos.
G. Souza--JDB