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Os números da pausa na guerra comercial entre China e EUA / foto: © AFP/Arquivos
Os números da pausa na guerra comercial entre China e EUA
115 pontos, 125%, 30%, 10%... Aqui está um resumo dos números por trás da pausa na guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, anunciada nesta segunda-feira (12) em Genebra, Suíça.
90 dias
Esta é a duração da trégua alcançada em Genebra, que começará em 14 de maio, durante a qual China e Estados Unidos conduzirão negociações.
Os dois países concordaram com uma redução de 115 pontos percentuais em suas respectivas tarifas durante esse período.
De 145% a 30% do lado dos EUA
As tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos aos produtos chineses, somadas às taxas alfandegárias existentes, chegaram a 145%, portanto serão reduzidas para 30% por um mês e meio.
Estes 30% restantes incluem os 20% impostos por Donald Trump para pressionar Pequim na luta contra o tráfico de fentanil, um poderoso opioide que causa uma grave crise de saúde nos Estados Unidos.
De 125% a 10% de lado chinês
A China respondeu às tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos aumentando seus impostos sobre todos os produtos americanos para 125%. A trégua anunciada em Genebra os reduz para 10%.
Trump reforça pressão tarifária
Desde que Donald Trump retornou à Casa Branca em 20 de janeiro, ele impôs tarifas adicionais de 10%, que depois aumentou para 20%, justificando essas taxas pelo papel dos chineses na produção de fentanil.
Em 2 de abril, o presidente americano anunciou tarifas que afetam grande parte do mundo, com o objetivo de reduzir o déficit comercial dos Estados Unidos. Para a China, essas tarifas chegaram a 34%, somando-se às relacionadas ao fentanil.
Pequim então respondeu impondo uma taxa adicional de 34% sobre todos os produtos americanos. Em resposta, o presidente dos EUA aumentou as tarifas para 104%.
A China então aumentou suas tarifas para 84% e Trump respondeu com tarifas de 125%, mais 20% relacionadas à crise do fentanil, elevando para 145% o total de tarifas dos EUA sobre os produtos chineses anunciadas em 10 de abril.
D. Carvalho--JDB
