
Fifa abre processo contra argentino Cabral, acusado de racismo por Rüdiger

A Fifa anunciou nesta terça-feira (24) que abriu um processo disciplinar contra o zagueiro argentino Gustavo Cabral, capitão do clube mexicano Pachuca, após ser acusado pelo zagueiro alemão Antonio Rüdiger, do Real Madrid, de fazer um comentário racista.
O incidente ocorreu no domingo, próximo ao final da partida entre as duas equipes no Estádio Bank of America, em Charlotte, Carolina do Norte, pela segunda rodada do Grupo H da Copa do Mundo de Clubes.
"Após avaliar os relatórios da partida, o Comitê Disciplinar da Fifa abriu um processo contra o jogador do CF Pachuca, Gustavo Cabral, em relação ao incidente envolvendo ele e Antonio Rüdiger, do Real Madrid, durante a partida do Mundial de Clubes disputada em Charlotte, em 22 de junho", declarou a Fifa nesta terça-feira.
Rüdiger ficou visivelmente irritado após uma discussão com o argentino Cabral e conversou com o árbitro brasileiro Ramon Abatti Abel. Cabral negou ter proferido insultos racistas ao zagueiro alemão.
Questionado sobre o incidente na coletiva de imprensa pós-jogo, o técnico do Real Madrid, Xabi Alonso, declarou: "No futebol não há tolerância para isso e, se aconteceu, medidas devem ser tomadas. Foi o que Antonio nos disse e acreditamos nele. Um processo está em andamento".
Cabral, de 39 anos, falou após a partida e alegou que Rüdiger interpretou mal suas palavras.
O argentino alegou ter chamado o zagueiro de "cagón de mierda" (covarde), uma expressão semelhante à usada em insultos raciais.
"O árbitro fez o sinal de racismo, mas o tempo todo eu repeti o mesmo para ele", disse Cabral após a partida.
A. Nunes--JDB