
CBF recorre no STF contra destituição de Ednaldo Rodrigues

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recorreu no Supremo Tribunal Federal, nesta sexta-feira (16), contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) de destituir o presidente Ednaldo Rodrigues e advertiu que a medida contra o dirigente pode gerar punições internacionais contra a Seleção.
Na quinta-feira, o TJRJ considerou que um acordo firmado em janeiro que ratificou Ednaldo na presidência da CBF é nulo devido a suspeitas de falsificação de uma assinatura, e determinou a destituição da diretoria da entidade.
A assessoria jurídica da presidência da CBF qualificou essa decisão como uma "afronta direta" à ordem constitucional e pediu ao STF medidas cautelares para suspendê-la.
A atuação do TJRJ "gera risco institucional iminente para o regular funcionamento" da CBF, disseram os advogados em seu recurso.
A CBF acatou a decisão e convocará eleições "o mais rápido possível", tal como exigiu o TJRJ, segundo uma nota assinada na quinta-feira pelo agora presidente interino, Fernando José Sarney.
Mas no recurso, a equipe jurídica da presidência da CBF declarou a nomeação de Sarney como "ilegal".
"Como é notório, a Fifa e a Conmebol não reconhecem como legítimos representantes da entidade aqueles nomeados judicialmente em substituição à diretoria eleita pela Assembleia Geral, o que potencialmente sujeita a CBF e suas seleções a severas sanções, inclusive a exclusão de competições esportivas de nível internacional", acrescenta o documento.
A destituição de Ednaldo Rodrigues ocorre na mesma semana em que a CBF anunciou o italiano Carlo Ancelotti, ainda no Real Madrid, como novo técnico da Seleção Brasileira.
M. dos Santos--JDB