
Festival de Veneza recebe George Clooney e Emma Stone

As superestrelas de Hollywood George Clooney e Emma Stone devem atrair todos os flashes nesta quinta-feira (28) no Lido de Veneza, na apresentação de seus mais recentes filmes, ambos na disputa pelo Leão de Ouro, na 82ª edição da Mostra.
As nuvens que cobrem parcialmente o céu veneziano nestes dias não tiram nem um pouco do esplendor do festival, ao qual Clooney, de 64 anos, comparece para a estreia de "Jay Kelly", com o qual o diretor Noah Baumbach aspira ao prêmio máximo da competição.
No filme, Clooney vive um renomado ator afetado por uma crise de identidade. Junto ao seu dedicado agente, interpretado por Adam Sandler, ele embarcará em uma viagem pela Europa que servirá para fazer um balanço sobre seus acertos e erros, suas relações familiares e que mundo deixarão para as futuras gerações.
Os curiosos e fãs que todos os dias se aglomeram ao lado do tapete vermelho também terão seu momento de glória quando Emma Stone aparecer para a exibição de "Bugonia", sua nova colaboração com o diretor grego Yorgos Lanthimos.
O filme de ficção científica narra o sequestro de uma executiva suspeita de ser uma alienígena que busca destruir o planeta Terra. Uma parceria anterior do diretor e da atriz, "Pobres Criaturas", ganhou o Leão de Ouro em 2023.
Tanto "Jay Kelly" quanto "Bugonia" integram a lista de 21 filmes da mostra oficial este ano. Um júri, presidido pelo cineasta Alexander Payne, anunciará os vencedores no dia 6 de setembro.
Outro que estreia nesta quinta-feira e que também concorre ao prêmio é "Orphan", no qual o húngaro László Nemes conta a história de Andor, um menino judeu no final dos anos 1950 em Budapeste, criado apenas pela mãe e com uma imagem idealizada de seu pai falecido. Seu mundo é abalado quando um homem aparece em sua vida afirmando ser seu verdadeiro genitor.
- Gaza -
Na seção de documentários será exibido 'Ghost Elephants', trabalho mais recente do alemão Werner Herzog, que na quarta-feira recebeu o Leão de Ouro por sua trajetória durante a cerimônia de abertura.
O dia foi marcado pela guerra na Faixa de Gaza, que levou um coletivo de profissionais do setor audiovisual recentemente criado, Venice4Palestine (V4P), a exigir que o festival critique explicitamente a intervenção de Israel no território palestino.
O diretor artístico da Mostra, Alberto Barbera, insistiu que o evento é 'um lugar de abertura e debate'.
'Nunca hesitamos em declarar claramente nosso imenso sofrimento pelo que está acontecendo na Palestina (...) com a morte de civis e, sobretudo, de crianças', acrescentou, sem mencionar diretamente o governo israelense.
V.J. Coelho--JDB